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Diferenças entre chipsets Intel Z97 e H97: confira e saiba qual placa-mãe comprar

Seguindo o modelo de atualização da Intel para processadores, os chipsets Serie 9 estão adiantados ao processo que a empresa chama de Tick / Tock. De forma bem resumida, os processadores Intel suportam duas gerações de chipsets. A primeira visa adicionar a nova plataforma ao mercado, enquanto a segunda é uma espécie de refinamento, visando melhorar e atualizar a primeira.

No caso dos chipsets Serie 9, eles estão alinhados aos processadores da “geração” Tick (Broadwell), sendo uma atualização dos chipsets Serie 8 (Tock). Vale destacar que esse conceito de atualização foi implementado para os processadores, mas como processadores e chipsets estão “atrelados”, pode ser utilizado para ambos, em alguns casos.
Algum modelo além desses dois?
Antes de mostrar a diferença entre os principais chipsets Serie 9, vale deixar claro que ainda deveremos ter mais um membro na família, que normalmente é composta por três modelos. Apesar de não ter sido anunciado ainda, o terceiro modelo deve se chamar B95 se for mesmo lançado, seguindo a estratégia de gerações anteriores da Intel. Esse terceiro chipset é uma versão ainda mais simples do que o H97, destinada a placas-mãe de entrada da plataforma, os modelos mais baratos.

Z97 vs H97
Após as explicações iniciais, vamos às diferenças entre o chipset Z97 e o H97. Elas são muito poucas, diga-se de passagem, seguindo o conceito do que vimos em gerações passadas.

No caso temos duas grandes diferenças, overclock e número de placas de vídeo trabalhando juntas, como pode ser visto abaixo na tabela:

Diferença #1 : Overclock
A primeira diferença está no processo de overclock. Em placas-mãe com chipset Z97 (e demais da linha “Z”), o processo de overclock é bastante facilitado. Ao utilizar um processador da linha “K” (ex.: Core i7 4770K), basta aumentar o que é chamado de “multiplicador” para fazer exclusivamente overclock do processador. Isso facilita bastante a vida do usuário e também das empresas que desenvolvem as placas-mãe, que passaram a desenvolver softwares e bios que automatizam o processo de overclock. De forma resumida e clara, um Core i7 4770K, que tem clock padrão de 3.5GHz, possui seu multiplicador setado em 35x. O calculo final do clock está associado ao multiplicador x frequência, que por padrão é 100MHz, ou seja, 35 x 100MHz = 3500MHz (leia-se 3.5GHz). Aumentar o multiplicador para 45x por exemplo, fará o processador trabalhar em 4.5GHz.

Já em uma placa-mãe com chipset H97, a opção de overclock via multiplicador não está disponível. Dessa forma, o processo é consideravelmente mais complexo, devendo ser feito pela modificação da frequência. Isso acaba influenciando em mais componentes, como memórias e vídeo integrado, podendo facilmente gerar instabilidades no sistema. Especialmente porque as placas-mãe com chipset H97 não possuem os mesmos projetos e componentes diferenciados das com chipset Z97, que trazem melhor comportamento em overclock.

Um exemplo de instabilidade gerada pela influencia nas memórias acontece quando subimos a frequência de 100MHz para 105MHz. Em um kit de memórias de 1600MHz não preparadas para overclock, isso fará elas trabalharem em 1680MHz (16 x 105), e muito provavelmente irá gerar instabilidade no sistema. E não é porque o processador foi overclockado também, mas sim por esse kit de memórias não aguentar o overclock aplicado sobre ela.

A frequência de 100MHz para processadores é atualmente padrão de mercado, mesmo para modelos da AMD

Podemos ainda destacar mais um diferencial associado a overclock. Em placas-mãe com chipset Z97, os fabricantes adicionam funcionalidades extras para overclock, como possibilidade de ativar clocks para memórias bem mais altos do que o padrão de 1600MHz. Não é regra, mas é como o mercado funciona. Atualmente temos modelos de placas suportando clocks de 3300MHz, sendo que essa velocidade varia de acordo com o fabricante e o próprio modelo. Porém, alguns sequer possibilitam essa opção mesmo com o chipset oferecendo tal possibilidade. Algumas empresas adicionam funções mais avançadas de overclock em placas da série “H”, mas por estratégia de vendas evitam tal ação.

Diferença #2 : Suporte a múltiplas placas de vídeo
A outra grande diferença entre os chipsets Z97 e H97 está associada a suportar a combinação de múltiplas placas de vídeo ou não. No caso do H97, o sistema fica limitado a 1 placa em slot PCI Express x16. Isso quando tratamos de Nvidia SLI, já que é possível “cascatear” placas via AMD CrossfireX, desde que a placa-mãe tenha mais de um slot x16. Já no chipset Z97 temos 1×16, 2×8 ou 1×8 + 2×4, dessa forma é possível adicionar mais placas de vídeo trabalhando em conjunto através de tecnologias como AMD Crossfire e também NVIDIA SLI.

Para ficar bem claro, quando temos uma placa de vídeo no sistema ela trabalha em x16, quando temos duas ambas trabalham em x8 e quando temos 3 elas trabalham em x8/x4/x4.

Tecnologias compartilhadas pelos dois chipsets
Tirando as diferenças citadas acima, diversas tecnologias são idênticas em ambos os chipsets. Entre elas está o número de portas USB que são 14 no total, sendo 8 x USB 2.0 e 6 x USB 3.0. Também estão disponíveis 6 portas SATA 6Gb/s e tecnologias como Rapid Storage, Smart Response, entre outras.

OBS.: Alguns modelos de placas-mãe possuem mais portas USB 3.0 ou mesmo SATA 6Gb/s porque são adicionados chips de controladores dedicados para essas funcionalidades.

As grandes novidades na parte das tecnologias são a nova conexão SATA Express e a não tão nova conexão M.2. Em ambos os casos, são conexões destinadas a drives de armazenamento, que elevam a velocidade de 6Gb/s das atuais portas SATA3 para 10Gb/s, quando utilizando as conexões nativas do chipsets via controlador SATA, visto que o slot M.2 pode usar barramento PCI-E. Dessa forma, o fabricante de placa-mãe pode fazer algumas mudanças, possibilitando alcançar velocidades bem superiores, de até 32 Gb/s.
Processadores suportados
Placas-mãe com chipset Série 8 suportam os recém lançados processadores Haswell Refresh (ex.: Core i7 4790 e Core i5 4690). Em informações extra oficiais, esses chipsets não suportariam os processadores Devils Canyon, que chegam ao mercado no meio desse mês. Isso excluiria produtos topo de linha socket LGA 1150, mas as empresas que desenvolvem as placas-mãe já anunciaram que é totalmente possível. Basta atualizar a BIOS. A Asus, por exemplo, já disponibiliza atualizações de BIOS em versão beta para algumas de suas placas com chipset Z87, trazendo suporte a esses processadores, como a Maximus VI Formula.

Também foi confirmado que as placas-mãe com chipset Serie 9 irão suportar os processadores Broadwell, que serão lançados no inicio de 2015. Em teoria – e apenas em teoria por enquanto – se uma placa com chipset Serie 9 suporta um processador Broadwell, uma placa com chipset Serie 8 também suportaria, já que ambas possuem a mesma pinagem. E, até o momento, elas são compatíveis com os mesmos processadores.

Por outro lado num vídeocast que fizemos com Osvaldo Junior, da área de componentes da Asus, ele destacou que provavelmente isso não seria possível por especificações técnicas dos processadores Broadwell, mas isto ainda não foi confirmado oficialmente. Me parece muito mais uma jogada de marketing forçando upgrade da placa-mãe, para quem optar por um processador dessa linha, do que limitação técnica. Afinal, em gerações anteriores (Sandy-Bridge e Ivy-Bridge), tivemos a retro-compatibilidade via update de bios – e não podemos chamar a linha Haswell Refresh de nova geração.

Outro detalhe é que os mesmos processadores suportados por uma placa Z97 serão suportados por uma H97. Não existe qualquer limitação de compatibilidade, mesmo de modelos série “K” – recomendados para Z97 – mas que funcionarão sem problemas em mainboards com chipset H97.

Conclusão
São claras as diferenças entre placas-mãe com chipset “Z” e “H”. Os modelos com “Z” destinadas a quem pretende overclockar o sistema ou adicionar múltiplas placas de vídeo – em ambos os casos, tecnologias destinadas a entusiastas e gamers. Já modelos com “H” para quem não pretende utilizar dessas características, sempre deixando claro que placas Z97 tendem a ser mais caras que placas H97. O motivo são seus diferenciais, além de um outro detalhe: normalmente as empresas investem mais em acabamento e tecnologias diferenciadas em modelos utilizando chipset Z97, justamente por serem procurados por usuários mais exigentes. Além disso, existe pequena diferença de preço real em uma placa idêntica, mas com chipsets diferentes. Dessa forma, é melhor focar na que não possui limitações.

Por outro lado, a cada tecnologia a mais o custo vai aumentando, então se a ideia é ter um PC sem muito “fru-fru”, uma H97 já está mais do que suficiente, especialmente se o processador foi um modelo tradicional sem “K” e se a ideia não é overclock ou colocar múltiplas placas de vídeo. Existem ótimos modelos com esse chipset, inclusive em formato Mini-ITX, com uma série de tecnologias e as principais funções existentes, com o diferencial do tamanho compacto.

Redação – Adrenaline
http://zip.net/brnBCd

Intel apresenta o Devils Canyon, com Core i7 “4 por 4” capaz de atingir 4GHz em quatro núcleos

As CPUs da linha K, codinome Devils Canyon, foram exibidas durante uma conferência com a imprensa na Computex 2014. Entre os novos processadores está o novo topo de linha Intel Core i7-4790K, o processador “4 por 4”, capaz de alcançar 4.4GHz e manter 4GHz em todos seus quatro núcleos simultaneamente.

A linha Devils Canyon foi desenvolvida em pouco tempo e com uma série de “restrições intencionais”. De acordo com Lisa Graff, vice-presidente da Intel, os engenheiros iniciaram a criação destes processadores em dezembro do ano passado, e precisavam alcançar mais performance “sem mudar o sistema de resfriamento, sem alterar o socket e trabalhando com os chips existentes”.

A solução encontrada para este desafio foi o NGPTIM (Next-Generation Polymer Thermal Interface Material), um novo material utilizado no encapsulamento do chip capaz de propagar melhor o calor, o que possibilitou “forçar mais” a frequência de operação dos processadores. Esta evolução trouxe um ligeiro aumento de consumo, saindo dos 84W de TDP originais da linha Haswell para 88W com os Haswell Refresh desbloqueados.

Em breve disponível na Aldo 

Redação – Adrenaline
http://zip.net/bgnzps